quarta-feira, 13 de abril de 2011

Diogo Silva


Sigo nas minhas produções para o meu TCC, ao lado dos colegas Murilo Borges e Lucas Damião, sobre o Esporte Olímpico no Brasil. Hoje, conversamos com Diogo Silva e vou passar um pouco do que ele falou.

"O taekwondo brasileiro vive uma muito ruim nos atletas de base. Estamos na entresafra. Tanto que há mais de 10 anos são os mesmos atletas na seleção masculina. A seleção feminina já renovou, temos atletas entre 19 e 23 anos que estão muito bem".

E os resultados mostram bem o que Diogo disse. Nos Jogos da Juventude, por exemplo, disputados em 2010 o Brasil não esteve representado em nenhuma categoria. No mundial do junior de 2009, o Brasil não ficou em nenhuma categoria entre os 6 primeiros colocados.

Diogo Silva começou a matéria sintetizando a vida de um atleta no Brasil: "Esporte você tem que matar um leão por dia. Estou acostumado". Foi logo a primeira frase dele.

Diogo teve uma ótima fase no começo de carreira, foi bronze no Pan de 2003 e quarto colocado na Olimpíada de 2004. Depois de uma "depressão esportiva" que ele nos explicou, ele voltou a treinar forte e conseguiu a inesquecível medalha de ouro no Pan de 2007.

Diogo resumiu a depressão esportiva: "Tive depressão esportiva, não tinha prazer em treinar. Fiquei quase 6 meses sem o prazer de treinar. Quando acaba os Jogos Olímpicos, o atleta tem uma tendência muito grande a desistir do esporte. Tem que ter um trabalho psicológico, um grupo estruturado por trás para dar sustentabilidade ao atleta. E a gente não tinha isso. Era só eu e eu".

Sem papas na língua, o atleta titular da seleção brasileira há 11 anos está otimista com a nova gestão, que assumiu no fim do ano passado depois que o então presidente foi deposto. Aliás, por mais absurdo que possa parecer, o Taekwondo brasileiro ficou mais de 20 anos na mão de um SUL-COREANO. A primeira vez que a Confederação Brasileira está sendo presidida por um brasileiro é neste momento.

"As entidades passadas não acompanhavam nosso treinamento, não faziam a mínima ideia de nossos resultados e toda vez que tínhamos um resultado positivo, eles queria sair na foto" retrata. Mas completa, otimista " Hoje nós estamos com uma gestão diferente, uma gestão de brasileiros. O atual presidente Foi uma pessoa criada dentro dos mesmos problemas, então conversar com ele é mais fácil, não tem que explicar. Ele vivenciou todo o processo." Bom, o resto da entrevista vai ficar para o trabalho final de TCC que estou produzindo e vou apresentar, ao lado dos colegas Murilo e Lucas, no fim do ano.

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