terça-feira, 12 de abril de 2011

GP de Michigan


Michigan estava pintada de verde-amarelo. Eram mais de 70 atletas. Alguns pela Seleção Brasileira, outros pela seleção militar e outros ainda custeados por seus clubes, Pinheiros e Minas, que estão de parabéns pela atitude.

Os índices olímpicos já foram definidos pela FINA, mas a CBDA ainda não definiu exatamente os critérios da formação da delegação para Londres 2012. Neste GP de Michigan, Cesar Cielo foi o primeiro brasileiro a nadar abaixo da marca olímpica, nos 50m livre, com a vitória com o tempo de 22s08,enquanto o índice é de 22s11.

Os índices olímpicos ainda não estão valendo. Acredito que as marcas começam a valer a partir do Maria Lenk ou mesmo a partir do Campeonato Mundial de Shangai, em julho.

Fabíola Molina, medalha de bronze nos 100m costas em Michigan, e Flavia Delaroli, prata nos 50m livre fizeram tempos muito bons, próximos ao índice olímpico logo neste início de temporada. Fabiola nadou para 1m00s95 enquanto Flavia 25s36. Os índices são respectivamente 25s27 e 1min00s82.

Duas provas em Michigan tiveram um pódio 100% brasileiro. Nos 50m livre, Cesar Cielo foi ouro, Bruno Fratus, com 22s52 prata e Nicholas Santos bronze,22s54. Bruno Fratus é uma esperança real de sucesso nos 50m livre não para o futuro, mas para o presente. Ele fez o sétimo melhor tempo de 2010 e, em 2011, já está entree os melhores do mundo.

Nos 100m peito, Felipe França segue tentanto se aprimorar nessa prova olímpica, já que é vice campeão mundial nos 50m peito, prova não olímpica. Ele venceu os 100m peito com 1m01s62, tempo que ainda não é índice olímpico. João Jr ficou com a prata e Felipe Lima com a medalha de bronze.

As outras medalhas do Brasil foram bronze de Nicholas Santos nos 100m livre, bronze de Daynara de Paula nos 100m borboleta e Joanna Maranhão nos 400m medley.

Se apenas Cesar Cielo conseguiu tempo abaixo do índice olímpico, para o mundial de Shangai o Brasil tem outros nadadores que estão nadando abaixo das marcas. Porém, vale lembrar mais uma vez que os índices olímpicos ainda não estão valendo e os índices para o Mundial só valem se forem feitos nas seguintes competições: Pan-Pacífico de 2010, Seletiva para o Mundial 2011 (Semana que vem) e o Trofeu Maria Lenk.

No Pan-Pacífico do ano passado, Cesar Cielo fez índice nos 50m livre, assim como Bruno Fratus.Cielo fez índice também nos 100m livre. Tales Cerdeira tem índice nos 100m peito, que é de 1m00s95 e ele fez 1m00s47 e tem índice também nos 200m peito.Felipe Lima também tem índice nos 100m livre. Kaio Marcio tem índice nos 200m borboleta, assim como Leonardo de Deus. Thiago Pereira tem índices nos 200m e 400m medley, enquanto Henrique Rodrigues tem índice nos 200m.

No feminino, nenhuma brasileira fez índice no último Pan-Pacífico, apesar de Fabiola Molina ter nadado abaixo do tempo em outras competições. No GP de Michigan, Daynara de Paula fez 58s69 nos 100m borboleta, tempo melhor do que o índice para o mundial. Mas, repetindo, os índices só valem se forem feito na Seletiva para o mundial, semana que vem, ou no Trofeu Maria Lenk.

Cinco revezamentos estão garantidos no mundial, o que eu acho mais que justo, já que o Campeonato Mundial classifica os 12 primeiros colocados em cada revezamento para a Olimpíada. Os trÊs revezamentos masculinos devem se classificar sem maiores problemas, o 4x200m corre até um risco, mas acredito que o Brasil fique entre os 12 primeiros. No feminino, o 4x200m está fora do mundial e segue sem grandes resultados desde a final olímpica de 2004. O 4X100 medley deve se classificar para a Olimpíada, assim como o 4x100m livre.

A próxima grande competição é a Seletiva para o Mundial, no Rio de Janeiro, entre os dias 20 e 23 de abril.

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